Seca

Chuva não altera cenário da Barragem

Foram registrados apenas 16 milímetros entre terça e quarta-feira e o manancial chegou a 3,90 metros abaixo do nível ideal de captação

Leandro Lopes -

Apesar da expectativa, a chuva apareceu, mas em pouca quantidade em Pelotas, com registro de apenas 16 milímetros na região central da cidade na terça-feira (12). O resultado? Quase nenhum efeito para a Barragem Santa Bárbara, que chegou a 3,90 metros abaixo do nível ideal de captação. Já são seis meses sem grandes precipitações na Zona Sul. Desde novembro o município registrou 264 milímetros de chuva, enquanto o esperado era 1,2 mil.

Para manter o abastecimento adequado às regiões que recebem água do manancial - aproximadamente 60% da cidade - o Sanep tem ampliado o tratamento da água bruta com novos formatos e opções de produtos químicos. Além de adicionar um novo polímero ao sistema de floculação, a autarquia substituiu alguns produtos para ampliar a capacidade de tratamento, com aumento de até 500% nos custos adicionais. “Com a captação da água em maior profundidade, chega muita matéria orgânica com a água à Estação de Tratamento de Água (ETA), o que dificulta o processo de tratamento. O investimento tem sido alto para manter o sistema, mas registramos bons resultados”, afirma o diretor-presidente do Sanep, Alexandre Garcia.

A baixa qualidade da água bruta captada na Barragem Santa Bárbara tem sido um desafio às equipes que trabalham de forma ininterrupta nos laboratórios da Estação de Tratamento vinculada ao manancial. Já são semanas de mudanças e ampliações nos formatos de tratamento, com novos testes para garantir as condições de potabilidade exigidas pelas portarias do Ministério da Saúde. Na madrugada da última segunda, foram realizadas higienizações completas dos seis tanques de decantação da ETA, evitando assim novas paralisações no sistema de distribuição de água. O Sanep também fez manutenção nas bombas e ampliou a área de captação pela terceira vez, com novas escavações.

Por enquanto, a autarquia não trabalha com a possibilidade de racionamento. Contudo, a colaboração de todos é essencial. O decreto municipal que proíbe a população de lavar automóveis e calçadas e molhar gramados e jardins segue valendo, sob risco de desabastecimento para quem não cumprir. As denúncias devem ser feitas pelo telefone 115.

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